
O trabalho de articulação desenvolvido pelo Governo do
Estado, através da Secretaria da Saúde, permitiu que, nos últimos 15 dias,
fosse realizada a abertura de mais 47 leitos para atender à população
catarinense, sendo que, destes, 20 dedicados ao atendimento neonatal e
pediátrico.
Buscando suprir a demanda de forma imediata, além da
ampliação da rede SUS, o Estado está realizando a compra de todos os leitos
disponíveis na rede privada que, por conta da demanda, também está sofrendo
pressão na assistência.
Além disso, a SES está pactuando junto à rede privada a
ampliação dos leitos de UTI.
Nesse primeiro momento, já foram abertos 6 novos leitos de
UTI neonatal, sendo 1 no Hospital Infantil Joana de Gusmão e 5 no Hospital
Hélio dos Anjos Ortiz, em Curitibanos; 8 de cuidados intermediários
pediátricos, no HIJG; e 6 leitos de UTI pediátrica, no Hospital Pequeno Anjo
(Itajaí).
Situação de
emergência
Recentemente, decretou-se situação de emergência por 90
dias, permitindo mais segurança jurídica para os gestores do estado e dos
municípios para ampliação dos serviços de saúde e viabilização da abertura dos
novos leitos de UTI e leitos intermediários em todas as regiões de Santa
Catarina, para que os municípios possam, junto ao Estado, fortalecer as ações
de saúde:
“Estamos trabalhando incansavelmente na busca por leitos.
Desta forma, através da Central de Regulação do Estado estamos promovendo
transferências de pacientes entre as regiões, a compra de leitos na rede
privada, que também tem se mostrado sobrecarregada, e até mesmo a busca em
outros estados”, explica o secretário de Estado da Saúde, Aldo Neto.
A articulação com unidades hospitalares segue e o custeio
desses leitos está sendo realizado totalmente pelo governo do estado. O
investimento total no plano de ação desenvolvido com o decreto prevê um aporte
de R$ 65 milhões entre ações de abertura de leitos, ampliação da rede de
atenção básica, combate à dengue e ampliação das campanhas de vacinação.
Este movimento faz parte da estratégia adotada para
enfrentamento da sobrecarga do sistema de saúde frente às doenças
respiratórias, características desta época do ano, bem como da COVID-19 e da
dengue.
A implementação dos novos leitos prevê, ainda, 62 leitos
infantis e mais 5 adultos. “Quando falamos em abertura de leitos é necessário
que haja a percepção que se está fazendo para o atendimento de toda a população
catarinense. Temos uma logística de atendimento que nos permite realizar
transferências com a garantia de segurança total ao paciente”, reforça.
Como funciona o
processo de regulação de um leito
A Central de Regulação observa os leitos de forma estadual e
não regional. Ou seja, um leito que esteja disponível em Joinville não
necessariamente será usado por um paciente de Joinville quando vagar, mas por
aquele que tiver um caso de maior urgência. Para isso, a Saúde possui uma rede
de absorção integrada e de apoio aos casos mais graves. As transferências são
realizadas de acordo com a necessidade e respeitando as condições clínicas do
paciente SUS, sendo necessário também o consentimento do familiar.
Novos leitos
No próximo período ainda estão previstas as aberturas nas
seguintes unidades:
Hospital e Maternidade Jaraguá do Sul, com 6 de UTI
pediátrica;
Hospital Azambuja, em Brusque, com 10 de UTI neonatal e 2 de
UTI pediátrica;
Hospital Seara do Bem, em Lages, com 5 de UTI pediátrica;
Hospital Governador Celso Ramos, Florianópolis, com 4 UTI
adulto;
Hospital Regional de Araranguá, com 5 de UTI neonatal;
Hospital e Maternidade Carmela Dutra, Florianópolis, 3
leitos intermediários canguru;
Hospital Infantil Jesser Amarante Faria, em Joinville, com
10 de UTI pediátrica;
Hospital Regional Alto Vale, em Rio do Sul, com 4 de UTI
neonatal;
Hospital Materno Infantil Santa Catarina, em Criciúma, com 7
de UTI neonatal;
Hospital Regional de São José, com 10 de UTI neonatal e 1 de
UTI adulto.
O governo e a saúde de Santa Catarina têm trabalhado todos
os dias para suprir a alta demanda, o catarinense também pode ajudar,
procurando o pronto atendimento do município para casos de saúde não
emergenciais e ficando em dia com o calendário vacinal.