
Um maior número de licenças, mais mulheres nas entidades
retoras e aumento da receita comercial: a Fifa estabeleceu os primeiros
objetivos "concretos" para desenvolver o futebol feminino, explicou
nesta quarta-feira a diretora da entidade Sarai Bareman. "A primeira
estratégia global para o futebol feminino", lançada nesta semana pela
Fifa, inclui "três objetivos principais: aumentar o número de jogadoras,
melhorar o valor comercial e criar bases" sólidas, detalhou Bareman,
responsável pelo projeto.
A entidade quer duplicar o número de jogadoras para
alcançar a marca das 60 milhões de atletas no mundo até 2026, além de profissionalizar
os clubes e os campeonatos femininos. Isso passaria pelo "desenvolvimento
de treinadores e de árbitros" femininos, disse Bareman.
A estratégia desenhada consiste em integrar mais mulheres
nas entidades que regem o futebol, especialmente nos comitês executivos dos
países membros da Fifa. Questionada sobre o orçamento e o número de pessoas
dedicadas ao projeto, Bareman se limitou a dizer que a Fifa será responsável
pela implementação da estratégia. Em vídeo, o presidente da Fifa, Gianni
Infantino, comemorou ter "feito muito" pelo futebol feminino desde
que assumiu o comanda da entidade, em 2016. Mas "não é suficiente", é
preciso passar a "um nível superior" e "ter uma estratégia para
isso".